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Se deparar com o termo dívida judicial costuma trazer uma série de preocupações para o devedor, afinal, isso significa que a dívida foi para a justiça. Contudo, isso não significa que tudo está perdido e existem alternativas acessíveis mesmo para quem está com o orçamento apertado, como o parcelamento da dívida.

Se você se deparou com o termo dívida judicial recentemente, não se preocupe. Neste artigo esclarecemos o que significa e quais os caminhos para reverter a situação. Continue a leitura e saiba mais.

O que é uma dívida judicial?

Uma dívida judicial é um débito reconhecido ou determinado por decisão de um tribunal. Em outras palavras, a dívida judicial ocorre quando o credor decide resolver a situação na justiça e tenta receber o valor devido por meio de uma ação judicial.

Na prática, o credor aciona a justifica e comprova a existência do débito por meio de documentos como contratos, notas fiscais, acordos formalizados e também tentativas de negociação enviadas ao devedor. No início do processo, o devedor é notificado formalmente, por meio de um oficial da justiça e deve se organizar para negociar a quitação.

Vale lembrar que o não pagamento de uma dívida judicial pode implicar em penhora dos bens e até bloqueio de contas bancárias.

O que acontece se eu não pagar uma dívida judicial?

Quando o devedor não paga uma dívida judicial, podem ocorrer diversas consequências legais, dependendo do tipo de dívida, do processo em questão e das medidas tomadas pelo credor. Conheça, a seguir, as principais consequências.

1. Processo de execução

O credor pode iniciar um processo de execução para forçar o pagamento da dívida. Nesse caso, o juiz pode determinar medidas como:

  • Bloqueio de contas bancárias via sistema BacenJud;
  • Penhora de bens (imóveis, veículos, salários, etc.);
  • Leilão judicial dos bens penhorados para quitar a dívida.

2. Multas e juros

Diante de uma dívida judicial, o débito continuará acumulando:

  • Juros de mora: percentual aplicado pelo atraso;
  • Correção monetária: para manter o valor atualizado pela inflação.
  • Multas: em alguns casos, podem ser aplicadas multas pelo descumprimento da ordem judicial.

3. Restrições no CPF do devedor

O nome do devedor pode ser incluído em cadastros de inadimplentes, como o SPC e o Serasa, dificultando o acesso a crédito e financiamentos.

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4. Suspensão da CNH e passaporte (em casos específicos)

Em casos como dívidas de pensão alimentícia, o juiz pode determinar medidas coercitivas como:

  • Suspensão da CNH;
  • Proibição de emissão de passaporte;
  • Prisão civil (em último caso e apenas para pensão alimentícia).

5. Desvalorização do patrimônio

Se um bem for penhorado e levado a leilão judicial, ele pode ser vendido por um valor abaixo do mercado, o que aumenta os prejuízos do devedor.

Como pagar uma dívida judicial se não tenho dinheiro?

Com o orçamento apertado, embora cientes das consequências, muitos brasileiros não conseguem pagar as dívidas. Contudo, existem opções acessíveis como o parcelamento de dívida e acordos que podem ajudar.

Na maior parte dos casos, o credor prefere receber uma parte do valor devido ou receber em parcelas, do que continuar cobrando pela dívida. Para os credores, ter débitos a receber significa arcar com custos para realizar a cobrança, especialmente quando ela se torna judicial. É exatamente por esse motivo que a renegociação da dívida é uma alternativa que concilia as duas partes.

Por um lado, o credor recebe o valor devido, ainda que com descontos ou de forma parcelada. Por outro, o endividado consegue regularizar sua situação de forma acessível.

Como parcelar uma dívida judicial?

Dívidas judiciais podem ser parceladas e o ideal é que o devedor expresse seu desejo pelo parcelamento assim que for notificado sobre a dívida. Por meio de um advogado, o devedor pode reconhecer a dívida e mostrar que está disposto a pagar, facilitando a negociação.

Então, uma audiência é agendada para conciliar as partes. Nessa audiência, por intermédio do juiz responsável, as condições do parcelamento são decididas. Também é possível conseguir descontos na redução dos juros e dos possíveis encargos envolvidos.

Vale a pena pegar um empréstimo para quitar uma dívida judicial?

Outra forma acessível de quitar uma dívida judicial é pegar um empréstimo para quitar a dívida. A solução pode valer a pena quando os juros são mais baixos, mas deve ser analisada com cuidado. A principal cautela neste caso é verificar o CET (Custo Efetivo Total) e se as parcelas cabem no orçamento mensal.

O empréstimo costuma ser uma boa opção quando existem descontos atrativos atrelados ao pagamento à vista, tornando a dívida mais acessível. Mas atenção, considere sempre a sua capacidade de pagamento das parcelas para não se endividar novamente.

Quanto tempo dura uma dívida judicial?

A prescrição é o prazo máximo para o credor cobrar judicialmente uma dívida. Após esse prazo, o credor perde o direito de exigir o pagamento.

O tempo de duração de uma dívida judicial depende de alguns fatores, como o tipo de dívida, a natureza do processo e as ações tomadas pelas partes envolvidas. No entanto, existem prazos gerais que regem por quanto tempo uma dívida pode ser cobrada e o mais comum é o período de 5 anos. Contudo, esses prazos podem estar vinculados ao cumprimento de uma decisão judicial, sendo necessário consultar cada caso de forma específica.

Veja alguns exemplos de prazos de prescrição comuns:

  • Dívidas com cartão de crédito: 5 anos a partir da data da primeira fatura atrasada;
  • Dívidas trabalhistas: 2 anos após o fim do contrato de trabalho (prazo para entrar com a ação) e 5 anos para cobrar direitos trabalhistas durante o contrato;
  • Execuções fiscais (tributos): 5 anos a partir da constituição definitiva do crédito tributário (como o lançamento do imposto);
  • Dívidas civis (como contratos de empréstimo ou aluguéis): 10 anos em geral ou 3 anos em casos específicos, como indenizações por danos.

Vale lembrar que o reconhecimento da dívida pelo devedor reinicia o tempo de prescrição. Portanto, se houver algum acordo ou renegociação, a data conta a partir do reconhecimento.

Como evitar dívidas judiciais?

Como vimos no artigo, as dívidas judiciais são complexas e envolvem diversas consequências, além de comprometer seu tempo com a burocracia envolvida no processo. Quer evitar que as suas dívidas sejam cobradas na justiça? Confira as dicas a seguir.

1. Organize seu orçamento mensal

O primeiro passo é manter seu orçamento mensal organizado. Para isso, liste suas despesas mensais e entenda como o dinheiro é destinado mensalmente. Considere cortar gastos diante da existência de dívidas e evite gastar além da sua capacidade financeira.

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2. Priorize o pagamento das despesas essenciais

Diante de imprevistos financeiros, priorize o pagamento das despesas essenciais como impostos, aluguel e parcela do financiamento. Assim, é possível evitar que as dívidas maiores e com consequências mais graves se tornem ações judiciais.

3. Renegocie suas dívidas

A situação apertou e você não conseguiu honrar um pagamento? A renegociação é a melhor escolha. Neste caso, é possível buscar o próprio credor ou uma empresa especializada em renegociação, como a BLU365.

Normalmente o credor estará aberto à renegociação e prefere um acordo amigável do que enfrentar um processo judicial, que custa caro e é demorado.

4. Confira seu CPF regularmente

Monitorar seu CPF de forma regular garante que as dívidas existentes sejam rapidamente identificadas, assim como possíveis cobranças indevidas, evitando que o débito se torne uma ação judicial.

5. Tenha uma reserva de emergência

Por fim, mantenha uma reserva de emergência. Assim, você poderá recorrer a ela durante imprevistos como gastos inesperados ou perda da renda mensal, evitando o acúmulo de dívidas.

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