Pular para o conteúdo principal

Conta conjunta é o nome utilizado quando duas ou mais pessoas dividem a mesma conta bancária. A prática é bastante comum entre casais e, também, causa muitas dúvidas e polêmicas. Afinal, será que é bom ou ruim ter conta conjunta?

Para saber se vale a pena, é preciso analisar os prós e os contras, além de entender se essa dinâmica faz sentido para a sua rotina. Afinal, há casos e casos e, quando falamos em organização financeira, não há uma regra universal.

Pensando nisso, a BLU365 preparou este artigo com vantagens e desvantagens da conta conjunta, para que você possa compreender como funcionar e ponderar se vale a pena para você. Continue conosco e saiba mais!

O que é conta conjunta?

Uma conta conjunta nada mais é do que uma conta bancária que possui dois ou mais titulares. Assim, é possível que um casal divida a titularidade, irmãos, pais e filhos, entre outras pessoas. Contudo, é requisito dos bancos e instituições financeiras que exista um vínculo de parentesco entre os titulares.

Há dois tipos de conta conjunta, são elas:

  • Conta conjunta solidária: todos os titulares podem movimentar a conta, incluindo uso do cartão, saques e transferências. Neste tipo de conta é fundamental manter uma boa relação e transparência, já que requer muita confiança entre as partes envolvidas;
  • Conta conjunta simples ou não-solidária: neste tipo, o funcionamento é similar e todos os titulares podem fazer movimentações. Contudo, em cada transação é preciso que quem a realizou assine as movimentações. É um tipo ideal para quem deseja um conta na qual irá participar de todas as decisões financeiras.

Independente da modalidade, o processo de abertura é o mesmo e bastante similar ao de qualquer conta bancária. A diferença é que são necessários os documentos de todos os titulares.

Quais as vantagens da conta conjunta?

  • Mais controle: com uma conta conjunta o casal ou familiares podem observar suas finanças de forma unificada, o que pode facilitar a gestão, dependendo de cada caso. Assim, compartilhar a mesma conta gera mais praticidade no orçamento familiar;
  • Evita o “climão” da diferença salarial: se uma das partes recebe um salário bem diferente da outra, a diferença financeira pode gerar um climão. Dependendo de cada caso, a conta conjunta pode transmitir acolhimento e a sensação de vocês estão em pé de igualdade;
  • Menos tarifas: é possível economizar nas transações bancárias, afinal, com apenas uma conta há menos tarifas a pagar;
  • Economia de tempo: ter uma única conta também auxilia a dividir a responsabilidade dos pagamentos. Assim, com as partes tendo acesso a conta, todos podem realizar pagamentos com mais praticidade, sem depender de um único esforço.

Em resumo, ter uma conta conjunta pode auxiliar a unificar despesas, trazer mais praticidade e economia, além de facilitar a organização do orçamento familiar. Para casais ou famílias que já dividem todas as despesas, é uma forma simples de gerenciar os recursos.

Quais as desvantagens?

  • Falta de autonomia e privacidade: há pessoas que podem sentir menos liberdade ao ter uma conta conjunta e menos capacidade de tomar decisões com autonomia sobre o próprio dinheiro. Para estes casos, quando as partes ainda desejam os benefícios da conta conjunta, é possível manter uma conta conjunta para as despesas em comum e uma conta individual para preservar a privacidade e a autonomia;
  • Não é praticável para todos os casos: assim como muitas estratégias de organização financeira, pode não ser viável para boa parte das pessoas. Para casais, por exemplo, é preciso que exista muito diálogo sobre dinheiro e transparência, caso contrário poderá ser motivo de desconfiança e discussões;
  • Falta de alinhamento: nem todas as pessoas que dividem uma vida em conjunto possuem os mesmos hábitos financeiros. Nestes casos, é possível que uma pessoa gaste muito mais do que a outra ou então, que tenha pendências financeiras. Nestes casos, a conta conjunta pode não ser uma escolha praticável.

Compartilhar uma conta pode não ser interessante para pessoas que não estão alinhadas e não se organizam financeiramente da mesma forma. Portanto, é fundamental que as partes envolvidas conversem muito sobre dinheiro antes de escolher abrir uma conta em conjunto.

Vale lembrar que a existência da conta conjunta não anula as contas individuais. Ou seja, ainda é possível ter uma conta individual para ter mais autonomia e liberdade, caso seja interessante.

Como declarar conta conjunta no Imposto de Renda?

A declaração do Imposto de Renda dessa conta ocorre de forma similar aos demais tipos de contas. Todo ano os bancos disponibilizam os informes de rendimento das contas e o titular deve informá-lo ao declarar. O mesmo ocorre com a conta conjunta. Todos os titulares que se enquadram na declaração do IR devem informar seus rendimentos na conta.

Vale lembrar que embora os informes venham no nome de apenas um titular, eles valem para todos.

Afinal, vale a pena ter?

Ter uma conta conjunta pode simplificar certos processos burocráticos. Por exemplo, filhos com pais idosos podem auxiliá-los nas transações diárias. Além disso, há o benefício da economia financeira: em instituições bancárias tradicionais, que frequentemente impõem tarifas elevadas, uma conta conjunta pode diminuir os custos para cada titular, razão pela qual muitos casais optam por essa modalidade.

Contudo, antes de abrir, é crucial ponderar cuidadosamente.

Mesmo em situações de confiança entre os titulares, é importante lembrar que, perante a lei, o dinheiro depositado em uma conta conjunta pertence a todos os envolvidos. Se um dos correntistas tomar decisões que os outros não aprovam, pode ser difícil resolver o problema.

Dessa forma, a conta conjunta, embora ofereça mais flexibilidade, também pode expor a dupla ou grupo de titulares a riscos caso haja uma quebra de confiança, conflito ou erro de julgamento.

Leia também: Finanças do casal: guia para evitar problemas com dinheiro