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O que é CDB? Vale a pena investir?

Por 6 de outubro de 2025Sem Comentários
o que é CDB
Imagem: unDraw

Quando o assunto é investimento, especialmente para quem está começando, o CDB (Certificado de Depósito Bancário) costuma surgir como uma das opções mais acessíveis e seguras. Mas, você sabe o que é CDB para além da sigla?

Oferecido por bancos como forma de captação de recursos, o CDB permite que você “empreste” dinheiro à instituição financeira e, em troca, receba rendimentos com base em taxas previamente acordadas.

Mas será que ele é a melhor escolha para o seu perfil e objetivos financeiros? Neste post, vamos explicar como o que é CDB, como funciona, quais são seus tipos, vantagens, riscos e quando ele pode (ou não) valer a pena na sua carteira de investimentos.

O que é CDB?

CDB é a sigla para Certificado de Depósito Bancário. Trata-se de um título de renda fixa emitido por bancos para captar dinheiro junto aos investidores. Na prática, entender o que é CDB passa pelo entendimento de que ao investir você está emprestando dinheiro para o banco, e, em troca, ele se compromete a te devolver esse valor acrescido de juros após um determinado prazo.

De acordo com um levantamento da Yubb, os investimentos de renda fixa são os mais populares no Brasil, sendo o CDB o ativo mais procurado. Esse investimento é amplamente buscado pelos brasileiros justamente pela segurança e rentabilidade previsível, bastante adequado ao perfil de quem já investe na poupança, mas com rendimentos superiores.

De acordo com o banco e o tipo de CDB, o resgate pode ser imediato (o que é excelente para a reserva de emergência, por exemplo) ou no vencimento do título, quando a rentabilidade investimento costuma ser superior.

Outro fator que garante a segurança do CDB é a cobertura FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que protege em casos de falência do banco emissor. Valores de até R$ 250 mil por CPF em cada instituição são salvaguardados pelo FGC, aumentando a segurança do investimento.

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Como funciona o CDB?

O CDB funciona como um empréstimo que você faz para o banco. Em troca desse dinheiro, o banco paga juros a você, ou seja, seu dinheiro rende ao longo do tempo. A seguir, veja como ele funciona.

1. O banco emite o CDB

O banco precisa de dinheiro para financiar suas atividades (como conceder empréstimos a outros clientes). Para isso, ele emite títulos de CDB e oferece aos investidores.

2. Você aplica seu dinheiro

Ao comprar um CDB, você entrega seu dinheiro ao banco por um período determinado. Em troca, recebe a promessa de receber o valor investido mais os juros ao final do prazo (ou de forma periódica, em alguns casos).

3. O rendimento é acordado no início

O rendimento pode variar conforme o tipo de CDB:

  • Pós-fixado: rende um percentual do CDI (ex: 110% do CDI);
  • Prefixado: rende uma taxa fixa (ex: 12% ao ano);
  • Híbrido: combina um índice (como o IPCA) + uma taxa fixa (ex: IPCA + 5%).

4. O dinheiro fica aplicado até o vencimento

Alguns CDBs permitem o resgate antes do prazo (são chamados de liquidez diária), mas outros só liberam o dinheiro no vencimento (você encontrará o prazo ao investir).

5. Tem proteção do FGC

Se o banco quebrar, o Fundo Garantidor de Créditos (FGC) cobre até R$ 250 mil por CPF por instituição.

Vale lembrar que o rendimento do CDB sofre IR (Imposto de Renda) regressivo, ou seja:

  • 22,5% até 180 dias;
  • 20% de 181 a 360 dias;
  • 17,5% de 361 a 720 dias;
  • 15% acima de 720 dias.

Quais os tipos de CDB?

Para entender melhor o que é CDB, é preciso saber que existem três tipos principais e a diferença entre eles está na forma como rendem juros ao investidor. Entenda.

CDB Pós-fixado

O tipo mais comum de Certificado de Depósito Bancário é o CDB pós-fixado, cujo retorno está atrelado a um índice de referência, geralmente o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Nesse modelo, o investidor só descobre quanto vai ganhar ao final do prazo, pois o rendimento varia conforme o CDI. Por exemplo, se o CDB oferece 110% do CDI e o CDI está em 10% ao ano, o rendimento será de 11% ao ano.

É uma opção popular por oferecer rentabilidade competitiva com baixo risco, principalmente em cenários de juros altos.

CDB Prefixado

O CDB prefixado oferece uma taxa de juros fixa no momento da aplicação. Isso significa que o investidor sabe exatamente quanto vai receber no vencimento, independentemente das oscilações da economia.

É indicado para quem deseja previsibilidade e acredita que a taxa de juros tende a cair, aproveitando um rendimento fixado mais alto. Essa modalidade é interessante para quem gosta de planejar o retorno exato do investimento desde o início.

CDB Híbrido (IPCA + Juros)

O CDB híbrido combina uma taxa prefixada com a variação de um índice de inflação, geralmente o IPCA. Por exemplo, um CDB pode oferecer IPCA + 5% ao ano, garantindo que o rendimento real supere a inflação.

Esse tipo de CDB é ideal para quem busca proteger o poder de compra no longo prazo e se beneficiar de cenários inflacionários. É uma alternativa interessante para diversificação da carteira e preservação de valor.

É seguro investir em CDBs?

Quando entendemos o que é CDB, é possível perceber que uma das principais características desse tipo de investimento é a segurança. No geral, é considerado seguro, especialmente para quem busca aplicações com baixo risco no mercado financeiro. Isso porque, além de serem títulos de renda fixa emitidos por bancos, os CDBs contam com a proteção do FGC, o mesmo mecanismo que protege a poupança.

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O FGC garante a devolução de até R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira, em caso de falência ou intervenção do banco emissor. Esse limite inclui o valor investido e os rendimentos acumulados e há um teto global de R$ 1 milhão por CPF a cada quatro anos. Ou seja, mesmo que o banco emissor enfrente problemas financeiros, o investidor tem uma cobertura bastante sólida para valores dentro desse limite.

Além disso, a segurança do CDB também está relacionada ao tipo de banco emissor. Bancos grandes tendem a oferecer menor rentabilidade, mas com maior estabilidade e menor risco de crédito. Já os bancos médios e pequenos, por serem menos conhecidos, costumam oferecer CDBs com taxas mais atrativas, o que pode ser interessante para o investidor que deseja melhores retornos sem abrir mão da proteção do FGC.

No entanto, vale lembrar que entender o que é CDB inclui saber que ele não é isento de riscos. Existe o chamado risco de liquidez, especialmente em CDBs sem liquidez diária, nos quais o dinheiro fica “preso” até o vencimento. Portanto, é importante ter atenção na hora de escolher, especialmente se o investidor procura um investimento que precisa de liquidez, como a reserva de emergência.

Além disso, há cobrança de Imposto de Renda sobre os rendimentos, conforme uma tabela regressiva.

No geral, para quem está dentro dos limites de garantia do FGC, avalia o prazo de aplicação e escolhe bem a instituição emissora, o CDB é uma alternativa segura e eficiente para investir com tranquilidade.

Quais são os riscos de investir em CDBs?

Ao entender o que é CDB, a segurança chama a atenção do investidor. Embora ele seja um investimento considerado seguro, especialmente por contar com a proteção do FGC, ele não está totalmente livre de riscos. Conhecer esses riscos é essencial para tomar decisões conscientes. Veja os principais.

Risco de crédito

Esse é o risco de o banco emissor do CDB não conseguir pagar o investidor no vencimento. Vale lembrar que FGC cobre até R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira. No entanto, se você investir valores acima desse limite em um único banco e ele falir, a quantia excedente pode não ser recuperada.

Risco de liquidez

Alguns CDBs não permitem o resgate antes do vencimento ou só liberam o valor aplicado em datas específicas. Se o investidor precisar do dinheiro antes disso, pode ficar sem acesso aos recursos ou ter que vender o título por um valor inferior ao esperado.

Por isso, é fundamental verificar a liquidez do CDB antes de investir. Vale lembrar que há opções com liquidez diária, mais adequadas para a construção de reservas de emergência, quando é preciso ter o dinheiro disponível a qualquer momento.

Risco de mercado (para CDBs prefixados e híbridos)

No caso dos CDBs prefixados e híbridos (IPCA + juros fixos), há risco de perder competitividade se as taxas de juros do mercado subirem após o investimento. Por exemplo, se você contratou um CDB prefixado a 10% ao ano e, depois, novas ofertas aparecem pagando 13%, o seu investimento pode render menos do que outras alternativas disponíveis.

Esse risco não implica em perda real do capital, mas em uma rentabilidade inferior à média do mercado.

Imposto e rendimento líquido

Embora não seja um risco propriamente dito, é importante lembrar que os rendimentos dos CDBs são tributados pelo Imposto de Renda, seguindo a tabela regressiva. Em prazos curtos, a tributação pode reduzir significativamente o retorno líquido, principalmente se comparado a investimentos isentos de IR, como a LCI ou LCA.

Qual é a diferença entre CDB e CDI?

Compreender essa diferença é essencial para entender o que é CDB. Embora parecidos, os termos se referem a coisas bem diferentes. De um lado, temos o CDB, que é um tipo de investimento. E do outro, o CDI, que é uma taxa de referência.

Como vimos neste post sobre o que é CDB, trata-se de um investimento de renda fixa oferecido por bancos. Quando você aplica em um CDB, está emprestando dinheiro ao banco, que irá te pagar juros em troca. O rendimento desse investimento pode ser prefixado, híbrido ou, mais comumente, pós-fixado, atrelado ao CDI.

Já a sigla CDI significa “Certificado de Depósito Interbancário” e não é um investimento, mas sim uma taxa de referência usada como base para o rendimento de vários produtos financeiros, incluindo os CDBs pós-fixados.

Assim, O CDI representa a taxa média dos empréstimos que os próprios bancos fazem entre si no curtíssimo prazo (geralmente de um dia para o outro) para manter suas reservas em dia. Ela anda muito próxima da Taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.

Vale a pena investir em CDB?

Investir em CDB pode valer muito a pena, dependendo do seu perfil, objetivos financeiros e do contexto econômico. O CDB é uma opção de investimento bastante popular por oferecer segurança, rentabilidade geralmente superior à poupança e diversas modalidades que se adaptam a diferentes necessidades.

Uma das grandes vantagens do CDB é a proteção oferecida pelo FGC, reduzindo significativamente o risco de perda do capital investido. Além disso, há opções com liquidez diária, que funcionam bem para quem quer flexibilidade e títulos com prazos mais longos, que costumam pagar juros maiores e são adequados aos objetivos de médio e longo prazo.

Em termos de rendimento, muitos CDBs pós-fixados oferecem taxas próximas ou até superiores ao CDI, o que pode garantir bons retornos, especialmente em períodos de juros altos. CDBs prefixados e híbridos podem ser vantajosos se você acredita na estabilidade ou queda das taxas de juros ou quer proteger seu investimento contra a inflação.

Por outro lado, é importante considerar que o rendimento do CDB é tributado pelo Imposto de Renda, o que reduz o retorno líquido. Além disso, para valores acima do limite garantido pelo FGC, o risco aumenta. Já em CDBs sem liquidez diária, o dinheiro fica “preso” até o vencimento, não permitindo que ele seja resgatado em um momento de emergência.

Como investir em CDB?

Depois de saber o que é CDB, aprender a investir em CDB é o próximo passo para a sua segurança financeira. O processo é simples e acessível, pode ser feito totalmente online, especialmente por meio de bancos digitais e corretoras. Para começar, siga estes passos básicos.

1. Escolha da instituição financeira

O primeiro passo para investir em CDB é escolher uma instituição financeira confiável que ofereça esses títulos. Pode ser um banco tradicional, um banco digital ou uma corretora de investimentos. Cada uma delas oferece diferentes opções de CDB, com variações em prazos, taxas e liquidez.

2. Abra sua conta

Se você ainda não tem conta na instituição escolhida, será necessário abrir uma. O processo é simples, geralmente feito online e exige documentos básicos como CPF, RG e comprovante de residência.

3. Acesse a plataforma de investimentos

Com a conta ativa, acesse a plataforma de investimentos da instituição, seja pelo aplicativo ou site. Procure pela seção de renda fixa ou especificamente por CDBs. Lá, você verá as opções disponíveis, suas características, prazos, taxas e valores mínimos para aplicação.

4. Analise as opções disponíveis

Antes de investir, analise as opções de CDB considerando seu perfil e objetivos financeiros. Se deseja liquidez, prefira títulos com liquidez diária. Para rendimentos maiores e prazos mais longos, considere CDBs prefixados ou híbridos, que podem oferecer proteção contra a inflação.

5. Realize a aplicação

Selecione o CDB que melhor atende suas necessidades, informe o valor a ser investido (respeitando o mínimo exigido) e confirme a aplicação. Após isso, acompanhe seu investimento pela plataforma, verificando os rendimentos e o prazo até o vencimento.

Entender o que é CDB e apostar nesse investimento é uma excelente maneira de diversificar sua carteira com segurança, oferecendo rentabilidade atrativa e proteção garantida pelo FGC.

Com diferentes tipos de CDBs disponíveis, você pode escolher aquele que melhor se encaixa no seu perfil e objetivos financeiros, seja buscando liquidez imediata ou rendimentos superiores no longo prazo. Ao entender como funciona esse investimento e analisar suas características, fica mais fácil tomar decisões informadas e aproveitar as oportunidades do mercado de renda fixa.

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