O que é IOF? Se você já realizou uma compra no exterior com cartão de crédito, contratou um empréstimo ou mesmo fez um seguro, provavelmente se deparou com essa sigla sem entender muito bem do que se tratava.
O IOF, ou Imposto sobre Operações Financeiras, é um tributo federal que incide sobre diversas transações do nosso dia a dia e pode ter um impacto maior nas suas finanças do que você imagina.
Neste artigo, vamos explicar de forma simples e objetiva o que é IOF, como funciona esse imposto, em quais situações ele é cobrado e como ele pode influenciar suas decisões financeiras. Entender o que é IOF é fundamental para planejar melhor seus gastos e evitar custos desnecessários.
Índice:
O que é IOF?
O IOF, ou Imposto sobre Operações Financeiras, é um tributo federal brasileiro cobrado em diversas transações financeiras, como operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos. Ele foi criado com o objetivo de regular essas atividades e também serve como uma fonte de arrecadação para o governo.
Toda vez que você utiliza o cartão de crédito em compras internacionais, contrata um empréstimo, realiza câmbio de moedas ou adquire um seguro, o IOF pode incidir sobre o valor da transação. As alíquotas variam conforme o tipo de operação: em compras internacionais, por exemplo, desde maio de 2025 o IOF é de 3,5%; em empréstimos, pode variar entre 0,38% e 3,38% ao ano.
Já em investimentos, o imposto incide de maneira regressiva conforme o prazo de aplicação. Por isso, entender o que é IOF e como funciona é essencial para planejar suas finanças com mais eficiência e evitar custos inesperados que podem comprometer o seu orçamento.
Quando o IOF é cobrado?
O IOF é cobrado sempre que você realiza determinadas transações financeiras. Ele incide em quatro principais situações:
- Operações de crédito: quando você faz um empréstimo pessoal, utiliza o cheque especial ou atrasa o pagamento da fatura do cartão de crédito. O IOF é aplicado sobre o valor total da operação e varia conforme o tempo de uso do crédito;
- Operações de câmbio: sempre que você compra moeda estrangeira, envia ou recebe dinheiro do exterior, ou faz compras internacionais com cartão de crédito, o IOF é cobrado. A alíquota padrão para compras internacionais com cartão mudou em maio de 2025 e está em 3,5%;
- Operações de seguros: ao contratar um seguro (como seguro de vida, de veículos ou residencial), o IOF também pode ser cobrado, com uma alíquota que varia de acordo com o tipo de apólice;
- Operações com títulos e valores mobiliários: o IOF incide sobre investimentos de renda fixa (como CDBs e Tesouro Direto) quando o resgate é feito em menos de 30 dias. Nesse caso, a alíquota é regressiva: começa em 96% no primeiro dia e vai diminuindo até zerar no 30º dia.
O IOF é cobrado sempre que há movimentações financeiras específicas e o valor do imposto varia conforme o tipo e a duração da operação. Conhecer essas situações ajuda a compreender o que é IOF, além de auxiliar a planejar melhor seus gastos e a evitar custos desnecessários.
IOF e juros são a mesma coisa?
Juros e IOF são cobranças comuns em operações financeiras, mas têm naturezas e finalidades distintas. Os juros representam o custo pelo uso do dinheiro emprestado. Quando você toma um empréstimo, faz um financiamento ou atrasa o pagamento da fatura do cartão de crédito, por exemplo, está utilizando recursos de uma instituição financeira, que cobra uma taxa (os juros) como forma de remuneração pelo risco e pelo tempo em que o valor ficará emprestado.
Já o IOF é um tributo federal cobrado pelo governo em determinadas transações, como empréstimos, câmbio, seguros e investimentos. Diferente dos juros, o valor arrecadado com o IOF não vai para o banco, mas sim para os cofres públicos. O imposto pode ser cobrado de forma fixa ou diária, dependendo do tipo e duração da operação.
Em resumo, enquanto os juros são um custo financeiro cobrado pela instituição que oferece o crédito, o IOF é um imposto cobrado pelo governo sobre o uso desse tipo de serviço. Entender o que é IOF e o que são os juros é saber que ambos impactam o valor final de uma operação, mas têm funções diferentes no seu bolso.
Quando é necessário pagar o IOF?
Agora que você já sabe o que é IOF, precisa entender que ele deve ser pago por qualquer pessoa física ou jurídica que realize as transações financeiras, já citadas nos tópicos anteriores, no Brasil.
As pessoas físicas pagam IOF:
- Ao fazer compras internacionais com cartão de crédito;
- Em empréstimos ou financiamentos;
- Quando contratam seguros (como de vida, automóvel, residencial e outros);
- Ao comprar ou vender moeda estrangeira;
- Ao aplica e resgatar investimentos de renda fixa em menos de 30 dias.
Já as pessoas jurídicas (empresas) pagam IOF:
- Quando contratam crédito com instituições financeiras;
- Ao operar com câmbio (importações e exportações);
- Ao contratar seguros empresariais;
- Quando investem no mercado financeiro.
Vale lembrar que em muitos casos o imposto já é retido na fonte, o que simplifica o processo para o consumidor. Ou seja, ao fazer um compra em um site estrangeiro, já é possível observar o IOF no valor total a pagar pela compra.
Como o IOF impacta a vida do brasileiro?
Além de entender o que é IOF, é preciso saber que o imposto impacta a vida financeira do consumidor principalmente por aumentar o custo de diversas operações financeiras, muitas vezes de forma imperceptível. Mesmo sendo um imposto que costuma passar despercebido, ele pode representar uma diferença significativa no valor final de transações comuns do dia a dia.
Quando você faz um empréstimo ou financiamento, o IOF é somado ao valor emprestado, aumentando o custo efetivo total da operação. Se não for considerado no planejamento, pode comprometer o orçamento com parcelas mais altas do que o esperado. O mesmo vale para o uso do cheque especial ou o atraso no pagamento do cartão de crédito, nos quais além dos juros altos, o IOF também é aplicado diariamente enquanto a dívida estiver ativa.
Nas compras internacionais com cartão de crédito, o IOF é aplicado sobre o valor total da compra, o que encarece significativamente produtos comprados no exterior ou em sites estrangeiros. Já nas operações de câmbio, como a compra de moeda estrangeira para viagens, esse imposto também eleva o custo da transação.
Nos investimentos de curto prazo, como CDBs e Tesouro Direto, o IOF pode reduzir parte da rentabilidade caso o resgate ocorra antes de 30 dias. Isso desestimula saques imediatos e pode afetar a liquidez dos investidores que precisam do dinheiro rapidamente.
Em resumo, o IOF impacta a vida financeira do consumidor ao aumentar o custo de operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos de curto prazo. Por isso, é importante entender o que é IOF e incluí-lo no planejamento financeiro, evitando surpresas e tomando decisões mais conscientes sobre o uso do dinheiro.
Principais mudanças do IOF em 2025
Em maio de 2025 (editado em junho de 2025) o Ministério da Fazenda anunciou mudanças importantes na cobrança do IOF. Essas alterações impactam diretamente as operações de câmbio, uso de cartão de crédito internacional, empréstimos empresariais e investimentos em seguros. Entenda a seguir.
Operações de câmbio e cartão internacional
Em compras com cartão no exterior e sites internacionais, antes o IOF era de 6,38%, com reduções progressivas até 2022. A partir de maio de 2025 passou a ser de 3,5% para todas as operações de câmbio realizadas no Brasil.
Compra de moeda estrangeira em espécie e remessas para conta própria no exterior
- Antes: 1,1%;
- Agora: 3,5%.
Na prática, em uma remessa de R$ 1.000, você antes pagava R$ 11 e agora pagará R$ 35.
Empréstimos para empresas
Nas empresas em geral, antes a alíquota máxima era de 1,88% ao ano. Agora, passou a ser de 3,95% ao ano. Já para as empresas do Simples Nacional a mudança vai de 0,88% ao ano para 1,95%.
Entender o que é IOF e suas mudanças recentes traz impactos positivos ao seu bolso. Afinal, é possível planejar melhor os gastos, incluindo o imposto.