Se você já atrasou o pagamento de uma conta já deve ter se deparado com o termo juros de mora. Também conhecidos como “juros moratórios”, são taxas aplicadas a alguns tipos de contas em atraso e seu valor varia de acordo com o tempo de atraso.
Continue a leitura para entender mais sobre o assunto e como evitá-los.
Índice:
O que são os juros de mora?
Os juros de mora são uma penalidade financeira aplicada quando há atraso no pagamento de uma obrigação, como uma fatura, prestação ou dívida. Eles servem como uma compensação ao credor pelo tempo em que ele ficou sem receber o valor devido.
Em outras palavras, se você deveria pagar algo até o dia 10, mas só paga no dia 15, os juros de mora são cobrados sobre esses 5 dias de atraso. Legalmente, os juros de mora são previstos no Art. 406 do Código Civil e também no Código de Defesa do Consumidor.
Vale lembrar que o valor da taxa aplicada nos juros de mora é limitada pela lei. É cobrado 1% do valor da dívida ao mês ou 0,0333% por dia de atraso, quando a dívida é inferior a 30 dias. Esse valor é somado ao valor total da dívida. Em dívidas tributárias, pode seguir outros referenciais, como a taxa Selic.
Multa de mora
Diferente dos juros de mora, a multa de mora é uma penalidade fixa aplicada quando o pagamento de uma obrigação (como contas, boletos, impostos e outros) não é feito até a data de vencimento. Ela é cobrada uma única vez, independentemente de quantos dias se passem após o vencimento.
Portanto, a multa de mora é diferente dos juros de mora porque não depende do tempo que o consumidor leva para pagar a dívida após o vencimento, é uma taxa fixa. Então, se o atraso foi de apenas um dia ou de um mês, o valor cobrado será o mesmo. Entenda a função de cada uma das taxas:
- Multa de mora: penalidade aplicada pelo descumprimento do prazo de pagamento;
- Juros de mora: compensação pelo tempo de atraso no pagamento (cobrados de forma relativa ao tempo de atraso).
Qual o valor da multa de mora?
Apesar do valor ser fixo, a porcentagem pode variar de acordo com a instituição financeira. Contudo, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor a multa de mora não pode ultrapassar 2% do valor da dívida.
Exemplo
Para entender na prática como os juros e multa de mora funcionam, considere um boleto de R$ 2.000,00 que ficou atrasado por 1 mês (30 dias) e utilize os seguintes referenciais:
- Multa de mora de 2% (valor fixo, cobrado uma única vez);
- Juros de mora de 1% ao mês (equivalente a aproximadamente 0,0333% ao dia).
Neste caso, o valor original de R$ 2.000,00 recebe acréscimos de R$40,00 de multa de mora e R$20,00 de juros de mora, totalizando R$2.060,00.
Como evitar os juros de mora?
Evitar os juros de mora é basicamente uma questão de organização e atenção aos prazos. A seguir, confira algumas dicas práticas pra não cair nessa armadilha do atraso.
1. Pague antes do vencimento
O jeito mais direto. Se possível, pague com alguns dias de antecedência pra se proteger de imprevistos (sistema fora do ar, banco fechado, feriados e outros).
2. Use alertas e lembretes
Programe notificações no celular ou calendário, assim você não perde o prazo por esquecimento. Diversos apps de banco ou carteira digital avisam quando um boleto vai vencer, ajudando na organização financeira.
3. Ative o débito automático
Para contas fixas como água, luz ou internet, o débito automático é uma ótima solução. Mas lembre-se de garantir saldo na conta para não cair no cheque especial!
4. Organize suas finanças
Mantenha um controle mensal das contas que vencem e quanto você precisa reservar. Aplicativos de finanças pessoais como Mobills, Organizze ou até planilhas no Excel ajudam muito.
5. Negocie prazos mais realistas
Se você recebe no dia 10, mas suas contas vencem no dia 5, pode ser interessante tentar mudar a data de vencimento com o credor.
Já atrasei o pagamento: como evitar ou reduzir os juros de mora?
Atrasou, mas nem tudo está perdido! É possível sim reduzir os juros e encargos em muitos casos. A seguir, listamos algumas estratégias que podem te ajudar a pagar menos.
1. Negocie com o credor
Entre em contato com a empresa ou instituição e explique a situação. Muitos credores preferem receber um valor menor do que nada e, ainda, oferecem descontos em juros e multa pra facilitar o pagamento. Às vezes também é possível parcelar a dívida sem juros adicionais.
2. Faça uma proposta de quitação à vista
Se for possível pagar tudo de uma vez, use isso como argumento pra pedir redução ou isenção de juros e multa. É bem comum conseguir até 50% de desconto ou mais nos encargos.
3. Refinancie a dívida
Algumas instituições permitem refazer o contrato ou parcelar o saldo com juros menores. Pode valer mais a pena do que ficar pagando juros de mora por tempo indeterminado.
4. Avalie fazer um empréstimo com juros menores
Parece estranho, mas às vezes vale mais a pena pegar um empréstimo com juros baixos (por exemplo, um empréstimo consignado) e quitar a dívida atrasada, principalmente se os encargos forem altos.
+ Empréstimo para quitar dívidas vale a pena?
5. Procure formas de negociar a dívida
Empresas como a BLU365 são especializadas em negociar dívidas. Neste caso, é possível receber uma série de descontos, especialmente nos juros e multas, podendo chegar a 90% de desconto no valor total devido.
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