A decisão de compra é o momento em que o consumidor deve analisar suas finanças para decidir se pode ou não adquirir um determinado produto ou serviço naquele momento. Seja à vista ou no crédito, o consumidor deve se atentar para saber se uma nova compra cabe no orçamento daquele mês.
No caso das compras no crédito, a decisão de compra deve passar pela análise do impacto que aquela parcela vai ter no orçamento. Portanto, será que essa parcela realmente cabe no seu bolso?
Neste artigo, conheça as 4 perguntas básicas que você deve se fazer antes de comprar e entenda também como saber se uma parcela realmente cabe no seu bolso. Continue a leitura e saiba mais!
Índice:
O que é decisão de compra?
A decisão de compra é um processo bastante conhecido no marketing, afinal, as empresas estudam a forma que seu público alvo decide pela compra de um produto ou serviço para que possam direcionar corretamente suas campanhas publicitárias.
Para além do entendimento das empresas, o consumidor também deve estar consciente sobre o que afeta sua decisão de compra, justamente para evitar as compras no impulso e o endividamento excessivo.
Portanto, a decisão de compra consciente é uma etapa fundamental especialmente para os consumidores que possuem um orçamento com restrições ou que precisam quitar as suas dívidas.
4 perguntas que você deve fazer antes de comprar
Eu quero? Eu preciso? Eu posso? Eu devo? Essas são as quatro perguntas básicas que todo consumidor deve fazer em seu processo de decisão de compra.
Embora economizar dinheiro não seja uma tarefa fácil, é possível fazer decisões de compra mais conscientes. As quatro perguntas a seguir devem ser feitas sempre que você desejar comprar algo. Na prática, será possível notar uma boa economia e uma decisão de compra mais assertiva. Entenda!
Eu quero?
Afinal, você quer mesmo aquilo que deseja? Essa pergunta busca avaliar os aspectos emocionais e balancear com os desejos. Será um querer genuíno ou apenas motivado por fatores externos?
- Motivação: essa dimensão está relacionada aos desejos e preferências pessoais. Pergunta-se aqui: “Eu realmente quero este produto ou serviço? Ele se alinha com meus gostos e interesses?”;
- Considerações: muitas vezes, a decisão de compra é guiada por aspirações e vontades que podem não ser essenciais, mas são atraentes. É importante reconhecer se o desejo é um impulso momentâneo ou uma necessidade genuína;
- Impacto: se a compra for apenas uma questão de desejo, pode haver um risco maior de arrependimento ou de comprometimento financeiro se não houver uma reflexão por trás desse desejo de compra.
Eu preciso?
Aqui, o consumidor deve avaliar os aspectos funcionais dessa compra. Ou seja: há uma necessidade real por trás do desejo de compra?
- Necessidade: aqui, a análise foca em se o produto ou serviço é realmente necessário para atender a uma necessidade específica. Pergunta-se: “Eu preciso deste item para resolver um problema ou melhorar minha qualidade de vida?”;
- Considerações: diferenciar entre necessidade real e desejo é crucial. As necessidades são essenciais e frequentemente prioritárias, como alimentos, medicamentos ou produtos que melhoram a sua eficiência no trabalho;
- Impacto: a compra de itens necessários geralmente é mais justificável e pode ser menos sujeita a arrependimentos, desde que feita de maneira planejada.
Eu posso?
Neste aspecto, o consumidor deve se perguntar sobre a sua capacidade financeira de arcar com um desejo ou necessidade de compra.
- Orçamento: avalia-se se há capacidade financeira para realizar a compra. Pergunta-se: “Eu posso pagar por isso sem comprometer meu orçamento ou minha segurança financeira?”;
- Considerações: inclui a análise de custos e o impacto da compra nas finanças pessoais. Verificar se existem alternativas mais econômicas ou se o pagamento pode ser feito de forma mais acessível, como o parcelamento, quando feito de forma consciente;
- Impacto: a compra deve estar dentro das suas possibilidades financeiras para evitar dívidas ou problemas futuros. Planejamento e consciência financeira ajudam a manter o equilíbrio econômico.
Eu devo?
Ainda que o desejo por um item seja válido, o mesmo seja necessário e você possa comprá-lo, nem sempre significa um “sim” para a compra. Isso porque outras questões devem ser avaliadas. Entenda:
- Responsabilidade: considera se a compra é ética e se está alinhada com seus valores e princípios. Pergunta-se: “Eu devo fazer essa compra considerando aspectos como impacto ambiental, condições de trabalho ou outros fatores éticos?”;
- Considerações: reflita sobre as implicações mais amplas da compra, como o impacto social e ambiental. Pode incluir escolhas sobre produtos sustentáveis ou empresas responsáveis;
- Investimento a longo prazo: considere o impacto financeiro dessa compra a longo prazo. Por exemplo, “é melhor comprar ou investir o valor em uma reserva de emergência?” Ou então, “é mais vantajoso comprar um item de qualidade inferior agora ou esperar para comprar um melhor futuramente?”;
- Impacto: tomar decisões de compra com responsabilidade e ética pode contribuir para um consumo mais consciente, beneficiando suas finanças e o planeta.
Conclusão
Em resumo, as quatro perguntas acima podem ajudar a avaliar decisões de compra de forma mais equilibrada.
- “Eu quero?”: pode guiar suas decisões baseadas em desejos e preferências pessoais;
- “Eu preciso?”: ajuda a focar em necessidades reais e práticas;
- “Eu posso?”: garante que você está dentro da sua capacidade financeira;
- “Eu devo?”: promove o questionamento sobre longo prazo, responsabilidade e ética na compra.
Considerar esses quatro aspectos juntos pode levar a decisões de compra mais conscientes e equilibradas, ajudando a evitar arrependimentos e dívidas.
Como saber se a parcela realmente cabe no seu bolso?
Quando utilizado com planejamento, o cartão e outras linhas de crédito são ferramentas que elevam o seu poder de compra e permitem comprar algo sem comprometer o orçamento mensal. Mas, afinal, como saber se uma parcela realmente cabe no seu bolso? Para tomar uma boa decisão de compra quando ela envolve o parcelamento, é preciso entender que existe um nível saudável de comprometimento de renda.
De acordo com especialistas em finanças, o limite ideal para comprometer sua renda mensalmente é de 30%. Isso significa que todo tipo de parcela, incluindo cartão de crédito, financiamentos, empréstimos e parcelas de acordo, somados, devem comprometer até 30% da sua renda.
No empréstimo consignado, por lei, o limite é de 30% + 5% para cartão de crédito consignado, uma medida que visa impedir que as pessoas peguem empréstimos maiores do que a sua capacidade de pagamento.
Leia também: Confira as mudanças do crédito consignado
Portanto, considerar o valor máximo de 30% da sua renda ao mês é um bom caminho para avaliar se a parcela cabe ou não no seu bolso. Porém, vale lembrar que cada caso tem suas particularidades e, para algumas pessoas, esse valor ainda sim pode comprometer a renda. O ideal é listar um valor máximo baseando-se na sua renda mensal e estilo de vida.
Como usar o crédito de forma consciente?
Agora que você já sabe como tomar uma decisão de compra consciente e como saber se uma parcela cabe no seu bolso, chegou a hora de saber como usar o crédito de forma saudável. Além de saber em quais situações ele pode ser uma boa opção, veja como usar sem complicar as finanças.
- Estabeleça um orçamento: Antes de usar seu cartão de crédito, defina um orçamento mensal e determine quanto você pode gastar sem comprometer suas finanças. Inclua o valor do cartão de crédito no seu planejamento financeiro;
- Use o cartão para gastos planejados: Utilize o cartão de crédito para compras que você já planejou e que poderá pagar quando a fatura chegar. Evite usá-lo para impulsos ou compras não planejadas;
- Pague o total da fatura: sempre que possível, pague o saldo total da sua fatura até a data de vencimento para evitar a cobrança de juros. O crédito rotativo pode ter taxas de juros altas, que podem levar a dívidas significativas;
- Atenção em emergências: o uso do cartão de crédito pode funcionar em momentos emergenciais, como uma despesa inesperada no final do mês. Mas lembre-se que a fatura irá chegar e certifique-se de ter o valor até a data de vencimento;
- Acompanhe seus gastos: monitore regularmente seus gastos com cartão de crédito para garantir que você está dentro do orçamento e evitar surpresas no final do mês. Muitos aplicativos bancários e de gestão financeira oferecem recursos para acompanhamento de despesas;
- Use alertas e notificações: configure alertas no seu cartão de crédito para notificações de gastos, vencimentos de faturas e limites de crédito. Isso te ajuda a manter o controle e a evitar surpresas;
- Mantenha o uso abaixo de 30% do limite: idealmente, utilize menos de 30% do seu limite de crédito disponível para manter uma boa pontuação de crédito e evitar impactos negativos em seu perfil financeiro;
- Cuidado com taxas e encargos: fique atento às taxas anuais, encargos por atraso e outros custos associados ao seu cartão. Compare diferentes cartões e escolha um que ofereça boas condições e benefícios sem taxas excessivas.
Seguindo essas dicas, você poderá tomar sua decisão de compra de forma muito mais consciente. Conte sempre com a BLU365 para cuidar da sua saúde financeira!