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Nós da BLU365 queremos trazer para esse Dia da Mães a prática do consumo consciente entre pais e filhos. E para nos ajudar a falar sobre esse assunto, convidamos o Canal Bloom, que é especialista na educação e no desenvolvimento socioemocional das crianças de 0 a 6 anos.

Pode ser difícil explicar a uma criança que não dá pra comprar aquele brinquedo “mega ultra power” que está na vitrine. Mais da metade das mães e dos pais acabam cedendo às vontades dos filhos nessa hora, mesmo se não podem! Isso acontece porque os pais querem evitar aquela birra, se sentem culpados ou simplesmente não sabem outra forma de lidar com esse desafio. Estudos também mostram que muitas brigas entre pais e filhos começam quando o adulto nega que o filho compre um produto que viu na TV ou em uma propaganda. Você já passou por isso? Alguns pontos vão te ajudar a lidar com essas situações de uma forma mais saudável:

Cuide das suas emoções

Muitas vezes, a gente age tomado por emoções sem nem se dar conta. A raiva, o medo, a frustração são emoções que podem te levar a reagir ao pedido do seu filho gritando logo um “não!” ou dizendo “sim” simplesmente porque não quer que ele fique triste. Por isso, o primeiro passo é prestar atenção ao que você está sentindo no momento em que a criança pede para comprar alguma coisa: foi um dia longo e você está cansado? Você está sem paciência ou estressado porque faltou dinheiro no fim do mês? Ou será que você está chateado por não poder oferecer o que gostaria ao seu filho? Essas emoções são intensas mesmo, então respire fundo e tente não despejar isso no seu filho. Todo mundo sente raiva, medo, irritação – isso é normal! Mas, a gente não precisa agir tomado por essas emoções. Uma pequena pausa para respirar vai te ajudar a recuperar a calma e assim vai ser mais fácil falar com o seu filho.

Acolha o que seu filho está sentindo

As crianças pequenas (e até os adolescentes!) ainda estão desenvolvendo a autorregulação, que é a capacidade que nos permite regular o nosso comportamento quando sentimos uma emoção muito intensa. Nós, adultos, conseguimos nos controlar e não xingar o nosso chefe, mesmo quando ficamos muito frustrados. Isso acontece porque a parte do cérebro que nos ajuda a fazer isso já está amadurecida e porque estamos treinando essa habilidade há muito tempo! Mas, as crianças ainda estão se desenvolvendo e precisam aprender como lidar com todas essas emoções. Por isso, nosso apoio é muito importante! Ajudar o seu filho a perceber e a nomear o que sente é um ótimo começo. Você pode dizer, com carinho: “Filho, eu entendo que você fique triste, eu também acho muito chato quando não posso ter uma coisa que quero muito… Mas, não vamos comprar esse brinquedo”. Ele vai se sentir acolhido por você, mesmo se não puder fazer o que tem vontade. Mas, pra isso vem a parte que costuma ser difícil:

Aprenda a dizer “não”

Se seu filho insistir no pedido de compra, é importante que você consiga se manter calmo e ser honesto: se não dá, não dá. E tudo bem! Aprender a lidar com a frustração faz parte do processo de formação do ser humano e estabelecer limites será muito importante para o seu filho. Inclusive, para construir um hábito de consumo mais saudável: dar valor às coisas que vocês já têm em casa, aprender a pensar sobre as reais necessidades, a não gastar o que não se tem e a ser criativo para brincar e se divertir, mesmo sem tantos brinquedos. Aliás, o excesso de brinquedos industrializados costuma dar menos possibilidades para a exploração e a criatividade da criança, porque já vêm com uma estrutura pronta, com um certo jeito de brincar. Por isso, é até mais legal oferecer ao seu filho objetos comuns que você tem em casa, como panelas, potes e sucatas, e deixar que ele explore como quiser. Ou, que tal convidá-lo para brincar em uma praça perto da casa de vocês? A natureza também facilita muitos aprendizados!

Invista em presença

Seu filho precisa da sua presença e do seu carinho, não de inúmeros brinquedos, roupas ou uma enorme variedade de coisas dentro de casa. Em vez de se culpar ou comprar o que você não pode, prefira investir em experiências. Pode ser um piquenique na praça ou montar um acampamento na sala com lençóis e almofadas. Se é aniversário ou outra data comemorativa como o Dia das Mães e você não pode gastar com um presente, que tal se vocês fizerem juntos um presente? Nada é mais especial do que isso! Pode ser um desenho, uma comida que vocês adoram ou até passar um dia inteiro de pijama.

Tudo isso fortalece a relação entre vocês e serão ótimas memórias para o seu filho (e pra você também). Lembre: o que importa mesmo é o tempo com a família!

Essa é uma produção do CanalBloom, um aplicativo para superar as dúvidas e desafios – e se divertir bastante! – na criação de filhos na Primeira Infância. Para conferir o conteúdo completo, acesse a Trilha sobre Consumo em: www.canalbloom.com