O Dia Internacional das Mulheres foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975 e é comemorado desde o início do século 20.
Para explicar como tudo realmente começou, precisamos falar sobre a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York. Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho. Naquela época, elas chegavam a trabalhar até 16h por dia, seis dias por semana, e também aos domingos.
Outra história que também representou um marco da data foi o incêndio na Triangle Shirtwaist Company em Nova York, no dia 25 de março de 1911, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres. Esse “acidente” trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial
Em alguns países
O dia 8 de março é considerado feriado nacional em vários países, como a própria Rússia, onde as vendas nas floriculturas se multiplicam nos dias que antecedem a data, já que homens costumam presentear as mulheres com flores na ocasião.
Na China, as mulheres chegam a ter metade do dia de folga no 8 de Março, conforme é recomendado pelo governo, porém nem todas as empresas seguem essa prática.
Já nos Estados Unidos, o mês de março é um mês histórico de marchas das mulheres.
No Brasil, a data também é marcada por protestos nas principais cidades do país, com reivindicações sobre igualdade salarial e protestos contra a criminalização do aborto e a violência contra a mulher.
A mulher pode ser o que ela quiser
A mulher pode ser o que ela quiser, não apenas no dia 08 de março, mas em todos os outros dias do ano.
A luta pelo Empoderamento Feminino vem ganhando força no mundo, com o objetivo de conceder o poder de participação social às mulheres, para encorajá-las e fortalecê-las na luta pelos seus direitos. Mas sabemos que até hoje existem grandes desigualdades e preconceitos com as mulheres no mundo corporativo, seja salarial, cargo ou até mesmo sobre a escolha de ser mãe.
Para falar sobre esse tema tão importante, convidamos Camilla Feliciano Lopes, fundadora da MOL (Mediação Online), para contar brevemente sua história como mulher empreendedora, mãe e que luta todos os dias para ser o que ela quiser.
Se você não é mãe (mulher ou homem), quero te fazer um convite:
Pare por alguns minutos, tente sentir a sensação no seu corpo do que seria gerir um outro ser. Pense nessa sensação perdurando por 9 meses, pense em todo o poder de criar olhinhos, perninhas, barriga, um cérebro novinho em folha e tudo o que compõe um novo ser.
Dê uma respiração profunda e sinta o poder que isso tem.
Agora imagine como você se sentiria mais forte, poderoso e potente após essa experiência.
Sim, você gerou um novo ser humano, talvez uma das coisas mais incríveis que alguém poderia realizar!!
Abrindo os olhos, te faço um questionamento, agora voltado ao racional.
Por que pesquisas como uma realizada em 2017 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com 247.000 mulheres entre 25 e 35 anos, apontou que metade das que tiveram filhos perderam o emprego até dois anos depois da licença-maternidade? No segundo mês após o retorno ao trabalho, a probabilidade de demissão chega a 10%, de acordo com dados antecipados pelo jornal O Globo.
A gravidez gera transformações no corpo e na alma das mulheres, é um momento de transformação, e, como toda grande mudança leva um tempo para adaptação.
Ao mesmo tempo que essa mudança cansa, imagine o potencial represado e que pode ser potencializado em uma mulher que virou mãe e quer continuar trabalhando?
Eu amo trabalhar, virei mãe e isso não mudou.
Como sou empreendedora e tenho autonomia sobre a dinâmica do meu dia a dia, sinto que agora estou mais forte, com um amor que eu nunca imaginei sentir, com uma objetividade acima da que eu tinha, com um olhar mais atento para os detalhes e com maior disposição para melhorar nosso mundo. Certamente sou uma versão potencializada do que já fui antes da metamorfose materna acontecer.
Te convido a ter um novo olhar sobre as mães que estão à sua volta , que tal?
Camilla Feliciano Lopes.
