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As taxas estão entre as mais baixas do mercado e a contratação tem relativa facilidade. Com esses dois diferenciais importantes, o crédito consignado ganhou adeptos em todas as camadas da sociedade.

Funcionários públicos ou privados ou beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) viram no crédito consignado a chance de conquistar certos sonhos de consumo ou mesmo de reorganizar a vida financeira. Para as instituições que trabalham com a modalidade, a operação é relativamente segura, pois o pagamento sai direto do contracheque do trabalhador ou do benefício pago pela Previdência Social.

No entanto, antes de planejar as compras já contando com um empréstimo na modalidade, vale analisar os prós e contras da operação.

Regras favorecem controle

O Ministério do Trabalho e da Previdência Social dita as regras para o crédito consignado voltado para aposentados e pensionistas.

Entre as normas da Instrução Normativa no. 28*, está a determinação de que a parcela não pode ultrapassar 35% do valor da aposentadoria ou pensão recebida pelo beneficiário, sendo 5% destinados ao cartão de crédito. O número máximo de parcelas é de 72 meses.

Esses são pontos importantes, que devem ser levados em consideração, pois impedem que a pessoa comprometa uma parcela muito grande de sua renda, por um longo período de tempo, para quitar a dívida.

Outra regra proíbe a contratação de empréstimos por telefone, evitando a ocorrência de fraudes, bem como a cobrança da TAC (taxa de abertura de crédito) ou qualquer outra taxa ou impostos. A exceção fica com a cobrança da tarifa de R$ 15 para a emissão de cartão de crédito, sendo que o valor pode ser parcelado em três vezes.

Outra norma permite ainda que a pessoa contrate o empréstimo no banco que quiser e não obrigatoriamente onde recebe o benefício. Assim, o segurado pode optar pela instituição que oferece juros mais baratos, por exemplo.

Estabelece ainda o teto dos juros (2,34% para empréstimo e 3,36% para cartão de crédito) que as instituições podem cobrar nas operações, evitando, assim, taxas abusivas.

Salário reduzido

Apesar das facilidades, alguns pontos devem ser levados em consideração antes de contratar o empréstimo, principalmente com relação ao seu planejamento financeiro.

No mês seguinte à contratação do empréstimo, seu salário ou benefício será 35% menor (caso use a parcela máxima nas duas modalidades possíveis). Seu orçamento está preparado para isso?

Como a parcela devida já vem descontada da sua folha de pagamento, você deve começar a planejar suas contas com a certeza de que seu rendimento líquido mensal será menor – no caso citado, 35% menor.

Assim, na planilha de orçamento, você deve deixar isso claro. Se o seu rendimento atual é de R$ 3 mil líquidos – já descontados os impostos -, passe, a partir da contratação do crédito, a contar com apenas R$ 1.950.

Um erro comum é não deduzir do salário líquido a parcela do empréstimo e, então, contar com uma quantia maior durante o mês. Essa atitude pode acabar com o seu orçamento.

De olho no futuro

Antes de contratar um empréstimo, é preciso avaliar se você vai conseguir pagar esta dívida e, como seu rendimento mensal será menor em razão do desconto consignado, algumas questões devem ser levantadas, antes da contratação do crédito: será que suas despesas cabem dentro deste montante reduzido? Seu planejamento está preparado para isso?

Cabe, nesta hora, questionar a real necessidade da compra, principalmente quando esta aquisição envolve um período de endividamento e comprometimento da renda. Essa análise é um passo importantíssimo para colocar suas contas em ordem e manter seu planejamento financeiro organizado.

Fonte:

MTPS
http://www.mtps.gov.br/servicos-do-ministerio/servicos-da-previdencia/outros-servicos-ao-cidadao/emprestimo-consignado

(*) Instrução Normativa no. 28
http://sislex.previdencia.gov.br/paginas/38/INSS-PRES/2008/28.htm

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Origem: Blog Finanças Práticas (link)