Muito tem se falado sobre as criptomoedas no mercado financeiro nos últimos tempos. O Bitcoin, a criptomoeda mais conhecida, já desvalorizou mais da metade do seu valor máximo. Mas ela não é a única, outras moedas já desvalorizaram até 90% do seu valor histórico. Mas afinal, por que as criptomoedas estão mais acessíveis?
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Mas afinal, por que as criptomoedas estão mais acessíveis?
Em novembro de 2021, o mercado das criptomoedas teve um grande destaque. Naquele momento, atingiu a capitalização de US$ 2,9 trilhões, sendo comercializada por quase US$70 mil, um marco histórico. Em junho desse ano o mercado cripto despencou, sendo que o Bitcoin teve uma queda de 55% apenas neste mês. Atualmente, a moeda é comercializada por valores em torno de US$20 mil.
No mês de julho, o mercado oscilou bastante, com ganhos seguidos de novos derretimentos. O índice dos preços nos Estados Unidos (CPI) mais alto, além dos resultados econômicos fracos influenciam na queda. No geral, o clima é de medo quando falamos em mercado cripto.
O que explica essas quedas?
O mercado das criptomoedas é bastante volátil, o que explica suas constantes flutuações de valor. No caso das moedas maiores, o Bitcoin e o Ethereum, há uma série de causas por trás das quedas.
No início da pandemia, por exemplo, as criptomoedas tiveram uma alta devido ao cenário de incertezas. Naquele momento, os investidores apostaram principalmente no Bitcoin como uma forma de proteção do patrimônio. Afinal, esse ativo já foi muitas vezes comparado ao ouro, que ainda hoje é um dos ativos mais tradicionais e seguros do mercado.
Já as criptomoedas menores são mais sensíveis quanto à estrutura própria. É o caso do colapso da Terra (LUNA), que hoje vale menos de 1 centavo de dólar.
As quedas mais recentes do Bitcoin estão relacionadas principalmente ao aumento dos juros nos EUA. Mas essa não é a única causa. É natural que neste mercado, após uma grande valorização, aconteça uma correção da cotação. Ou seja, é uma oscilação natural deste mercado. Mas há uma série de outros motivos que explicam essa queda. Entenda:
1. Instabilidade geopolítica
Rússia e Ucrânia ainda estão em guerra e conflitos interferem diretamente nos investimentos. Aliás, toda guerra gera consequências mundiais, afinal, vivemos em um mundo globalizado. Contudo, os dois países em questão são importantes fornecedores de commodities, o que aumenta o cenário de insegurança e incertezas.
2. Falta de confiança no mercado
O mercado dos ativos cripto ainda não é regulamentado em boa parte do mundo, incluindo no Brasil. Esse cenário gera uma crise de confiança nos investidores, que no momento preferem investimentos mais seguros.
3. Economia global em crise
A economia mundial passa por um momento bastante delicado, no qual a maioria dos países tem adotado uma maior taxa de juros. Os índices de oferta e demanda pós-pandemia estão desequilibrados, o que provoca um salto na inflação. A taxa de juros elevada é uma estratégia para frear o consumo e procurar combater a inflação.
Com isso, o perfil do investidor muda: aumentam as procuras por investimentos conservadores, que são mais seguros. Ou seja, os investidores têm procurado outros tipos de investimento e deixado as criptomoedas de lado no momento.
A oscilação do mercado traz uma insegurança muito grande aos investidores. Contudo, no momento há um contexto propício para a regulamentação das criptomoedas. No Brasil, o Projeto de Lei (PL) nº 3.825/2019 foi aprovado em abril deste ano. De acordo com o projeto, haverão regras específicas para os ativos cripto. O objetivo é trazer mais segurança para um mercado que oscila tanto.
E você, o que acha sobre esse assunto? Conta pra gente nos comentários se ainda pensa em investir em criptomoedas! (:
